segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Carinho perigoso


Apesar de o tema ser um pouco mórbido, alguns casos de sequestros são um tanto fascinantes. Li, por exemplo, o exímio livro de Fernando Morais ("Na Toca com os Leões") que conta como o publicitário Washington Olivetto conseguiu fugir de seu cativeiro.


Ademais, na época de TCC, pensei em fazer um documentário sobre o sequestro de um mexicano, que surpreendeu por seu esforço em manter as suas faculdades mentais em perfeita ordem durante meses trancafiado em um cubículo.


Fora esses, temos o repercutido caso passional em Santo André (SP), que --infelizmente-- terminou de maneira trágica.


Mas pensar que alguns dos vitimados podem, com o tempo e uma dose certa de insanidade, manter uma relação de afeto por seus sequestradores soa a transição direta para a "Casa Verde". O fato é que existe.


A síndrome de Estocolmo recebeu seu nome em referência a um assalto que aconteceu no local homônimo, onde as vítimas --mesmo perante à justiça-- defendiam piamente os homens que as mantiveram durante seis dias em cárcere privado. A psiquê humana é realmente instigante.


Assisti no último fim de semana a peça "Estocolmo", com atuação e direção de queridos amigos. Confiram, ela realmente é muito boa e aborda sabiamente o tema.


Um comentário:

Cristina Casagrande disse...

Dani, a gente podia fazer um filme sobre o mexicano né? Hhahah, lá vem a Cris...rs